domingo, 29 de março de 2015

Ilustradora cria livro de colorir para adultos e vende mais de 1 milhão de cópias

Quem disse que adultos não gostam de colorir?
Johanna Basford se fez essa pergunta e chegou a conclusão de que, sim, alguns adultos devem gostar de colorir.
Ilustradora do Reino Unido, a artista então criou uma série de livros de colorir para adultos. O resultado é esse que dá título a publicação: 1 milhão de cópias vendidas.

Foi trabalhando para grandes marcas como Nike e Absolut que Johanna teve a ideia

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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

10 atitudes que podem impedir sua felicidade

Felicidade é um termo muito abrangente e subjetivo e, muitas vezes, difícil de ser explicado

Os motivos pelos quais uma pessoa é feliz ou infeliz são relativos, mas acredito que muitos deles venham das conquistas, realizações pessoais e da satisfação com a própria vida ou da falta de tudo isso. 

Depois de um tempo estudando sobre felicidade e observando pessoas que estão sempre reclamando da vida ou deprimidas – não considerando aquelas que muitas vezes têm razões legítimas para isso – algumas características comuns entre as pessoas infelizes:

1. Não assumem o controle da própria vida

Uma frase que traduz isso é a famosa “eu não tenho escolha” como justificativa para tudo aquilo que faz a vida dessas pessoas infeliz, seja um trabalho que elas odeiam, um relacionamento falido ou filhos para sustentar.
O que elas muitas vezes não entendem é que não ter escolha é uma escolha.. Quando elas fazem isso, estão escolhendo não lidar com as consequências que uma mudança pode trazer, como ter de cair o padrão de vida, por exemplo.
Se você não tem coragem de mudar aquilo que faz com que a sua vida não seja do jeito que você quer, apenas aceite que você fez uma escolha e tente ser feliz com ela. Tente olhar para o lado positivo daquela situação que você se encontra, como ter o sossego da estabilidade financeira quando se tem um emprego.
Não estou falando em pensar positivo ou ser falsamente otimista, mas em ser verdadeiramente grato pelo benefício que toda escolha (por pior que seja) também proporciona.

2. Desistem antes mesmo de tentar

As pessoas que se consideram infelizes geralmente assumem que elas não sabem ou não conseguem fazer algo, muitas vezes sem tentar ou depois de ter falhado uma única vez.
São aquelas que simplesmente aceitam o fato de não serem boas com números ou trabalhos manuais, de não saberem cozinhar ou de que nem adianta pensar em abrir um negócio X ou Y porque já existem outras pessoas bem sucedidas naquelas áreas e não tem mais espaço para elas.
Uma coisa é não querer aprender ou fazer algo porque você não gosta, até aí, tudo bem. O problema é que muitas vezes elas não querem (ou não conseguem) assumir isso e ficam criando barreiras e desculpas que justifiquem o fato de elas não terem motivação sequer para tentar.
Perfeição e talento vem da prática. Se existe algo que você gosta e quer muito fazer, faça! Faça isso todos os dias. É a única maneira de saber se vai dar certo ou não. Inventar desculpas antes de tentar é exatamente o que te afasta do sucesso.

3. Comparam-se excessivamente com outras pessoas

Uma das coisas que mais faz o ser humano infeliz é se comparar com os outros. Quando você se compara com alguém, você deixa de olhar para fatores, nem sempre óbvios, que colocaram aquela pessoa com quem você se compara no lugar onde ela está.
Por mais que você ache que o sucesso, a beleza ou seja lá o que for, tenha vindo de forma fácil, você não estava na pele dela para saber e não tem o direito de julgar.
É preciso entender que cada um é merecedor do que tem, seja para o bem ou para o mau, mesmo que você não consiga enxergar o motivo.

4. Não lidam bem com adversidades

As pessoas mais felizes são aquelas que sabem como lidar com as adversidades da vida. É impossível viver uma vida toda evitando problemas ou coisas negativas que possam nos acontecer. O que algumas pessoas não entendem é que tentar jogar para baixo do tapete ou fingir que não está acontecendo também não vai fazer com que elas sejam mais felizes.
Tudo o que nos acontece é sim uma oportunidade para aprendermos. Não adianta achar que a vida é injusta ou tentar encontrar culpados em vez de entender o porquê estamos passando por aquela situação tão desagradável e o que podemos fazer para que aquilo não se repita ou não nos abale tanto.
Ser feliz não significa nunca chorar ou não ter problemas e sim, não se deixar abater e acreditar que amanhã é sempre um novo dia e uma oportunidade para fazer melhor.

5. Não têm um objetivo de vida
Elas podem ter sonhos, mas esses raramente são transformados em um objetivo claro e concreto e, por isso, acabam quase nunca sendo realizados.
As pessoas sem um objetivo vivem como se estivessem em um barco à deriva. Por mais que passem o dia todo navegando pelo mar, não chegam a lugar algum ou, quando chegam, não é onde queriam estar.
São os nossos objetivos que determinam a forma com que usamos o nosso tempo e se as nossas escolhas estão nos levando para perto dele ou não. Cada dia vivido sem um objetivo é um dia desperdiçado.
Se você se sente perdido e sem propósito, comece com coisas pequenas. Escolha um objetivo de curto prazo e faça de tudo para alcança-lo. Quando você consegue conquistar algo, isso te motiva e faz você querer perseguir novos objetivos! Quem sabe no meio dessas pequenas conquistas você não encontra o propósito da sua vida?

6. Vivem em estado de inércia

A inércia também é uma consequência da falta de objetivo. Quem não sabe para onde ir, geralmente não sai do lugar. De novo, não adianta ter grandes sonhos e fé seja lá no que for, mas não levantar-se do sofá para fazer com que as coisas aconteçam.
Quem está sempre esperando acaba frustrado, já que as melhores coisas da vida acontecem para aqueles que não esperam e sim, vão atrás do que querem.

7. Não entendem o valor do tempo

E se a gente começar a pensar no tempo dessa forma: para cada dia que alguém que não está satisfeito com a própria vida não faz nada para mudar essa situação, uma quantia de dinheiro deveria ser debitada da sua conta corrente, mesmo que ela não tivesse.
Por que o mesmo não acontece quando perdemos nosso tempo? O dinheiro sempre pode ser ganho novamente, o tempo perdido nunca mais poderá ser reposto, mas algumas pessoas ainda não se deram conta de que ele é o bem mais precioso que temos. O tempo desperdiçado com coisas inúteis nos traz um prejuízo muito maior do que qualquer conta negativa.

8. São procrastinadores

Essas pessoas olham para a vida como se ela fosse inesgotável. Elas não entenderam que começamos a morrer no dia que nascemos e cada dia que temos de vida é um presente, pois não sabemos quantos mais vamos ter.
Pense que tudo aquilo que você deixa para amanhã, pode nunca mais ser feito

9. São apáticos

Quando pensamos em pessoas apáticas nos vem à cabeça quem não tem opinião sobre as coisas ou quem não está nem aí para nada. Mas, apáticos, também são aqueles que não querem abrir a sua cabeça ao novo, que enxergam as coisas de uma forma e acham que essa é a correta e são resistentes a qualquer tipo de mudança.
São pessoas que, mesmo sendo intelectualmente capazes, não se interessam em aprender nada que não esteja relacionado ao mínimo aceitável. Não leem e não fazem questão alguma de parecerem engajadas com nada. Mesmo em um mundo cheio de maravilhas, curiosidades e novidades aparecendo a cada minuto, elas encontram um jeito de se sentirem entediadas o tempo todo.

10. São impacientes

Por último, as pessoas infelizes tem grandes expectativas em relação a vida, mas fazem muito pouco para conseguirem o que tanto desejam. Elas sonham, mas não tem ambição. Elas querem o que o mundo tem de melhor, mas não entendem que nada acontece sem esforço, muito trabalho, persistência e paciência.
Estão sempre procurando um caminho mais rápido ou fácil já que não tem paciência para insistir naquilo que querem. É por isso que acabam frustradas e geralmente acham que talvez elas não tenham nascido para serem felizes.
As pessoas com essas características geralmente tentem a pensar que aqueles que são felizes, vivem uma vida incrível ou fazem coisas admiráveis são pessoas especiais ou extraordinárias.
A grande verdade é que a felicidade é uma decisão e deve ser tomada por todos nós diariamente. Ela é o resultado de um conjunto de pequenas coisas que, somadas, fazem com que tenhamos uma vida melhor e mais completa.

 A sua felicidade é você que faz.
by Fernanda Nêute _ Administradores.com.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Pessoas bem sucedidas falam sozinhas



Aquela mania de falar consigo mesmo diante de uma dificuldade — quem diria? — ajuda a ter mais sucesso. Foi o que concluíram psicólogos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, em um estudo publicado na revista científica European Journal of Social Psychology. Sim, dizer em voz alta frases como "Você consegue, Fulano" tem um efeito positivo no nosso cérebro.

Pesquisas preliminares já tinham demonstrado que falar sozinho aumenta a força de vontade, tanto para encarar atividades amedrontadoras quanto para acalmar os nervos antes de uma tarefa delicada. Os psicólogos, agora, descobriram que também importa como você fala.

Entre dizer "Você consegue" ou "Eu consigo", prefira a primeira opção. Em um experimento, os pesquisadores desafiaram estudantes a completar anagramas. Para metade deles foi pedido que usassem palavras na primeira pessoa, e para a outra metade, em terceira pessoa. Quem usou “você pode” não só completou mais anagramas do que pessoal do outro grupo como ainda terminou a sequência de desafios com uma sensação maior de felicidade.

A explicação para isso é que a nossa memória, ao ouvir em voz alta palavras de apoio em terceira pessoa, lembra de vezes em que recebemos suporte de parentes ou amigos, especulou Sanda Dolcos, psicóloga que comandou a pesquisa, à FastCompany. E mesmo quem não tem muitos amigos se beneficia da "técnica". Não custa testar algumas vezes.

by GQ

domingo, 9 de novembro de 2014

7 comportamentos dos Pais que impedirão Filhos de serem Líderes

Muitos pais têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e comportamentos super-protetores, impedindo seu crescimento pessoal
Kathy Caprino, que escreve para a Forbes, costumava trabalhar como terapeuta familiar, antes de se tornar coach de carreira e liderança. Nesse longo tempo, em contato com casais, famílias e crianças, Caprino diz ter testemunhado uma variedade de comportamentos funcionais, mas também disfuncionais, por parte dos pais que conheceu. Impedir os filhos de ganhar independência, perseverança e se tornarem os líderes em potencial que são eram práticas frequentes, ainda que inconscientes.
Buscando informações sobre o assunto, Kathy se deparou com os livros do Dr. Tim Elmore, escritor e fundador de uma organização que busca empoderar jovens através de um trabalho de mentoria. O especialista confirmou suas constatações: muitos pais têm tratado suas crianças e adolescentes com mimos e comportamentos super-protetores, impedindo seu crescimento pessoal e podando suas capacidades de liderança - de si mesmos e de empreendimentos ao redor do mundo.
Aqui estão 7 desses comportamentos, identificados por Elmore, e que devem ser evitados se você quer que seu filho se torne um líder capaz:
1. Não deixar as crianças se arriscarem
O medo de perdê-las nos leva a fazer tudo o que podemos para protegê-las. Isso é correto e de fato uma responsabilidade dos pais, mas há riscos saudáveis e que precisam ser permitidos. Psicólogos europeus descobriram que crianças que não podem brincar fora de casa e que nunca chegam a se machucar de leve (sofrer uma queda, por exemplo) frequentemente desenvolvem fobias na idade adulta. Não permitir que adolescentes sofram o fim de um relacionamento amoroso ou que crianças caiam algumas vezes, aprendendo que é normal, provavelmente gerará adultos arrogantes (que não sabem lidar com as falhas) e com baixa autoestima.

2. Correr ao seu socorro muito rápido
Quando cuidamos de todos os problemas e enchemos as crianças de excessivos cuidados, deixamos de ensiná-las a tomar iniciativa e enfrentar suas dificuldades. É necessário que elas aprendam a caminhar sozinhas, para que se tornem líderes. Do contrário, serão adultos acomodados e inconsequentes.

3. Elogiar com facilidade
Não há problemas em elogiar os filhos quando eles merecem, mas a política de que "todos são vencedores" pode ser prejudicial, em longo prazo. É importante fazer com que seu filho se sinta especial, mas elogiá-lo sem critério, deixando de lado comportamentos errados, lhe ensinará a mentir, exagerar e trair, por medo de enfrentar a realidade como ela é e de causar decepção ao admití-la.

4. Deixar a culpa ser um obstáculo para a boa liderança
Seus filhos não precisam amar você todos os minutos de suas vidas. Eles conseguirão lidar com decepções, mas não com o fato de serem mimados. Por isso diga "não" ou "agora não" e deixe que eles lutem por aquilo que realmente valorizam e precisam.

5. Não compartilhar nossos erros
Adolescentes saudáveis desejarão fazer as coisas do seu jeito, e nós como adultos temos que permitir isso, o que não significa que não possamos ajudá-los. Compartilhar erros do passado pode gerar um sentimento de identificação e orientar seus filhos a escolherem melhor. Você não é o único a influenciar seu filho, então busque ser a melhor influência.

6. Confundir inteligência, talento e influência com maturidade
A inteligência é muitas vezes usada como uma medida da maturidade de uma criança, e, como resultado, pais costumam deduzir que uma criança inteligente está pronta para o mundo, o que não é necessariamente verdade. Para decidir quando soltar mais seus filhos e dar-lhes mais independência, observe outras crianças da idade deles, e veja como responde às pequenas responsabilidades que lhes forem dadas. Não apresse nem atrase esta independência!

7. Não fazer o que dizemos
Como pais, é nossa responsabilidade dar o exemplo de vida que queremos que nossos filhos vivam, ajudando-lhes a construir um bom caráter e a serem responsáveis em todos os aspectos. Como líderes de nossas casas, podemos começar por falar apenas com honestidade, sem hipocrisia ou mentiras (nem mesmo aquelas mais simples). Observe suas ações e escolhas éticas; seu filho, com certeza, as estará observando.
by Administradores

terça-feira, 4 de novembro de 2014

10 dicas e truques para aprender qualquer idioma

Se você acredita que você nunca poderá ser bilíngue, preste bem atenção nas próximas linhas!

1. SAIBA O PORQUÊ VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO
Isso parece óbvio mas se você não tiver uma boa razão para aprender um idioma, haverá menos probalidade de você se manter motivado durante a longa caminhada. Querer impressionar falantes do inglês com o seu francês não é uma boa razão: já, querer conhecer um francês ou uma francesa no seu próprio idioma, é algo completamente diferente. Não interessa o seu motivo, uma vez que você decidiu aprender um idioma, é fundamental se manter firme em sua decisão: “Tudo bem, eu quero aprender esse idioma e, por isso, vou fazer tudo o que puder neste idioma, com este idioma e por esse idioma.”

2. MERGULHE DE CABEÇA

Então, você fez a promessa. E agora, como fica? Como continuar? Há uma maneira certa, um caminho apropriado para aprender? Matthew recomenda a abordagem máxima de 360°: não importa quais ferramentas você usar, é fundamental praticar seu novo idioma todos os dias. “Eu tenho uma tendência de querer absorver o máximo possível no início. Assim, se eu estou aprendendo algo eu mergulho no aprendizado e tento usar o que estou aprendendo sempre que posso e todos os dias. Conforme os dias passam, eu tento pensar, escrever e falar comigo mesmo neste idioma. Para mim é preciso colocar em prática aquilo que você está aprendendo - seja escrevendo um e-mail, falando sozinho, ouvindo música, ouvindo rádio. Envolver-se, mergulhar na nova cultura é extremamente importante.” Lembre-se, a melhor forma de falar um idioma é fazer com que as pessoas falem com você. Ser capaz de ter uma simples conversa com alguém é uma enorme recompensa para si mesmo. Atingir metas como essas no início, tornará mais fácil a tarefa de manter-se motivado e continuar praticando: “Eu sempre tenho em mente que o melhor caminho é adaptar o próprio jeito de pensar ao jeito de pensar daquele idioma. Obviamente, o falante do espanhol ou o falante do hebraíco ou o falante do holandês não possue somente uma forma única de pensar, mas a ideia é utilizar o idioma para criar o seu próprio mundo linguístico.”

3. ENCONTRE UM PARCEIRO

Matthew aprendeu vários idiomas junto com o seu irmão gêmeo Michael (eles decifraram o seu primeiro idioma estrangeiro, o grego, quando tinham apenas oito anos). Matthew e Michael ou os irmãos super-poliglotas, como eu gosto de chamá-los, ganharam seus superpoderes através de uma saudável rivalidade entre irmãos. “Nós estávamos sempre muito motivados e ainda estamos. Nós nos provocamos constantemente, praticamente empurramos um ao outro para conseguirmos chegar lá de verdade. Se ele percebe que estou conseguindo mais que ele, ele fica meio enciumado e tenta me alcançar (talvez porque ele seja meu irmão gêmeo) - e vice-versa.” Mesmo que você não tenha um irmão para viver sua aventura linguística, ter qualquer outro tipo de parceiro estimulará os dois a sempre se esforçarem um pouco mais e não deixar a bola cair: “Eu acho que essa é uma forma muito boa de aprender. Ter alguém com quem você possa falar é a ideia atrás do aprendizado de um idioma.”

4. CONCENTRE-SE NAQUILO QUE É IMPORTANTE

Se você fizer da conversação o seu objetivo desde o início, você provavelmente não ficará se perdendo nos livros didáticos. Assim, conversar com pessoas que falam esse idioma será a parte mais relevante do seu processo de aprendizado: “Você está aprendendo um idioma para ser capaz de usá-lo. Você não vai falá-lo consigo mesmo. O lado criativo de aprender um idioma, é realmente colocá-lo em uso em situações do dia a dia - seja escrevendo letras de música, conversando com pessoas ou usando-o quando você viaja para o exterior. Se bem que você não precisa, necessariamente, viajar para o exterior para usá-lo, você pode ir no restaurante grego ali na esquina e pedir em grego.”

5. DIVIRTA-SE COM O APRENDIZADO

Usar o seu novo idioma é, de qualquer forma, um ato criativo. Os irmãos super-poliglotas praticavam seu grego compondo e gravando músicas. Pense em algumas formas divertidas de praticar seu novo idioma: faça um programa de rádio com um amigo, desenhe histórias em quadrinhos, escreva poemas ou simplesmente fale, fale e fale o máximo que você puder. Se você não conseguir descobrir uma forma de se divertir com o seu novo idioma, é possível que você não esteja seguindo o passo número quatro.

6. VIRE CRIANÇA NOVAMENTE

Isto não quer dizer que você deva sair por aí gritando sem parar, tendo ataques de choro ou que você deva melecar seu cabelo com comida quando for a um restaurante, mas sim, que você deve tentar aprender do jeito que as crianças aprendem. A ideia de que crianças aprendem melhor do que adultos tem provado ser apenas um mito. Novas pesquisas não puderam encontrar uma ligação direta entre idade e habilidade para aprender. A chave para aprender tão rápido como as crianças deve estar simplesmente em agir, em certas situações, da mesma forma que elas agem: por exemplo, a espontaneidade em falar aquilo que lhes vem à cabeça, o jeito com que brincam com tudo, inclusive com o idioma e a inexistência de bloqueios. Crianças, normalmente, não têm medo de dizer bobagens na hora de falar. Nós aprendemos errando. No caso das crianças espera-se que elas cometam alguns erros, já no caso dos adultos, isso parece ser um tabu. Pense em como é mais fácilouvir de uma pessoa adulta, “Eu não sei”, do que, “ Eu ainda não aprendi isso” (Eu não sei nadar, eu não sei dirigir, eu não sei falar espanhol). Ser visto errando (ou tentando acertar) é um tabu social que não atinge as crianças. Aprender um idioma admitindo que você não sabe tudo (e que isso não é um problema) é a chave para se desenvolver e ser livre. Assim, deixe pra lá suas inibições do mundo adulto!

7. SAIA DA SUA ZONA DE CONFORTO

Boa vontade para cometer erros significa estar preparado para se colocar em situações embaraçosas. Eu sei, isso pode dar um medo danado, mas é a única maneira de se desenvolver e progredir. Não interessa o quanto você aprende, você não vai conseguir falar um idioma sem se mostrar: fale com estrangeiros na sua língua materna, pergunte pelo caminho, peça a comida no restaurante, tente contar uma piada. Quanto mais vezes você fizer isso, maior se tornará a sua zona de conforto e ficará muito mais fácil se sair bem em novas situações: “No início, você vai encontrar dificuldade: talvez com a pronúncia, talvez com a gramática, a sintaxe, ou você não conseguirá realmente entender as palavras. Mas eu acho que o mais importante é estar sempre desenvolvendo essa sensibilidade. Todo falante nativo tem uma sensibilidade para a sua língua materna e isto é o que faz dele um falante nativo - a capacidade de fazer do idioma o seu próprio idioma.”

8. OUÇA COM ATENÇÃO

Para aprender a desenhar, você precisa primeiro aprender a olhar, a observar. Da mesma forma, você precisa primeiro aprender a escutar para depois aprender a falar. O som de qualquer idioma parece meio estranho quando você o escuta pela primeira vez. Assim, quanto mais contato você tiver com esse idioma melhor. Os sons se tornarão cada vez mais familiares e, assim, será mais fácil falá-lo corretamente:
“ Nós somos capazes de pronunciar qualquer coisa, nós só não estamos acostumados a fazer isso. Por exemplo, o “r” rolado não existe na minha forma do inglês. Quado eu estava aprendendo espanhol havia palavras com esse “r” duro como em perro e reunión. Para mim, a melhor forma de lidar com a situação era ouvir constantemente e visualizá-lo ou imaginar como ele deveria ser pronunciado, pois para cada som há uma parte específica da boca e da garganta que nós usamos para conseguirmos produzir aquele som.”

9. OBSERVE AS PESSOAS FALAREM

Idiomas diferentes exigem diferentes movimentos da sua língua, lábios e garganta. A pronúncia é muito mais um processo físico do que mental. “Uma forma de treino - e isso pode parecer bem estranho - é realmente olhar uma pessoa enquanto ela está pronunciando aquele som que você não consegue produzir e tentar imitar esse som o máximo de vezes que você puder. Confie em mim, vai parecer ser bem difícil no começo, mas você vai conseguir. Na verdade, pronúncia é algo bem fácil de ser feito corretamente; você só precisa treinar.” Se você não pode observar um falante nativo ao vivo e a cores, assistir filmes estrangeiros ou televisão pode ser um bom substituto.

10. FALE SOZINHO

Não há problema algum em falar sozinho quando você não tem ninguém para conversar. “Isso pode parecer muito estranho mas, na verdade, falar sozinho no idioma é uma forma excelente de praticá-lo se você não pode utilizá-lo o tempo todo.” Esse método pode manter novas frases e palavras na sua mente e ajudá-lo a melhorar sua confiança na próxima vez que você conversar com alguém.

(Bônus) RELAXE!

Você não chateará as pessoas se não falar bem o idioma delas. Se você começar uma conversa dizendo “Eu estou aprendendo e gostaria de praticar…”, a maioria das pessoas será paciente, encorajando você e sentido-se feliz em ajudar. Além disso, há aproximadamente um bilhão de falantes do inglês não-nativos no mundo todo, a maioria deles preferiria falar o seu próprio idioma se pudesse escolher. Tomar a iniciativa para entrar no mundo linguístico de alguém pode deixá-lo à vontade e fazer com que todos se sintam bem: “Com certeza, você pode viajar para o exterior falando seu próprio idioma mas você aproveitará muito mais se puder realmente se sentir à vontade no lugar onde está - conseguindo se comunicar, entender, interagir em todo tipo de situação que você possa imaginar.”

MAS QUAL É O SENTIDO?

Nós demos uma introdução em COMO começar a aprender um idioma mas talvez você ainda esteja pensando em PORQUE aprendê-lo? Matthew tem uma última observação a esse respeito: “Eu acho que cada idioma revela uma forma de ver o mundo. Se você fala um determinado idioma, você terá uma forma diferente de analisar e interpretar o mundo da do falante de um outro idioma. Até mesmo idiomas que são bem próximos como espanhol e português, que podem ser considerados mutuamente inteligíveis, são da mesma forma dois mundos diferentes - duas mentalidades diferentes. Por isso, depois de ter aprendido outros idiomas e de estar cercado por outros idiomas , eu não poderia renunciar a qualquer um deles pois eu estaria renunciando a possibilidade de ver o mundo de formas diferentes. Não somente de uma forma, mas de diferentes formas. O estilo de vida monolingual para mim, é muito triste, muito só, é uma forma mais chata de ver o mundo. Há tantas vantagens em aprender um idioma; eu realmente não consigo achar nenhuma outra razão para não fazer isso.”
Traduzido por: Pedro Werneck
Matthew The Polyglot

sábado, 8 de março de 2014

5 coisas que os homens de negócios precisam aprender com as MULHERES

As mulheres são mais emotivas, ao contrário dos homens, que possuem o lado pragmático mais desenvolvido

A busca por igualdades salariais continua, mas a verdade é que em muitas situações as mulheres são mais eficazes do que os homens. Quem afirma é o professor de MBA da FGV e especialista em vendas e marketing Cláudio Tomanini. Para ele, isso acontece por conta das características intrínsecas da mulher, inclusive aquelas provenientes da herança pré-histórica, que tornam homens e mulheres tão diferentes.
“Em meus trabalhos de consultoria e palestras, instigo os homens a aprenderem mais com suas colegas e a desenvolverem características essencialmente femininas, que se usadas no trabalho são armas extremamente eficazes”, diz Tomanini.

Visão periférica

Por ser biologicamente programada para proteger a prole, a mulher desenvolve a visão periférica, enquanto o homem, que tinha como dever ir à caça de comida, desenvolveu a visão de mira, linear e focada em um único ponto. Para as mulheres, essa é uma arma e tanto.
“Com mais pessoas em um ambiente ou em eventos sociais, as mulheres são capazes de identificar oportunidades em todo o seu redor, dosando conversas e otimizando o tempo de contato com cada interlocutor. Por isso elas são excelentes fazendo networking”, explica Tomanini.

Mais delicadeza e atenção

O instinto feminino de cuidar, sempre com delicadeza e atenção aos detalhes (no caso de bebês, por exemplo), as torna extremamente flexíveis na hora de lidar com diferentes perfis de clientes. Vendedores agressivos costumam ter sua parcela de clientes fiéis, porém, a atenção que as mulheres dedicam às regras é imbatível e transforma seu trabalho em uma atividade super profissional.

Emoção

As mulheres são mais emotivas, ao contrário dos homens, que possuem o lado pragmático mais desenvolvido. “É essa emoção que move as conquistas femininas. Elas sabem usufruir de suas realizações, gostam de assumir suas vitórias e se deleitam em querer mais, justamente por saberem aproveitar o prazer da conquista”, diz Tomanini.

Empatia

Condicionadas a compreender as necessidades da família mesmo antes da capacidade de verbalizar dos filhos, as mulheres têm o poder de ler nas entrelinhas das atitudes e linguagem corporal das pessoas. Essa característica possibilita que durante uma venda, a mulher consiga se alinhar mais rapidamente e objetivamente com o cliente, acertando em cheio ao ler suas reais necessidades.
“Vender pelas características do produto nunca foi suficiente. É preciso vender pelas necessidades do consumidor, entendê-lo e saber o que o seu produto pode oferecer para ajudá-lo a atingir seus objetivos”, explica Cláudio Tomanini.

Saber ouvir

Mulheres sabem ouvir. Falam muito, mas também ouvem mais. “Ouvir é uma condição básica nas vendas. Como é que você vai dizer que o cliente precisa daquilo, se não sabe o que ele quer? Só por isso, as mulheres já saem na frente”, completa Tomanini.
A boa notícia é que estudos recentes comprovam que tanto homens quanto mulheres podem ter comportamentos mais femininos ou mais masculinos. Então, no fim das contas, ninguém tem mais desculpas. Vamos ao trabalho?



sexta-feira, 7 de março de 2014

Empresa cria embalagem especial para enviar fLoReS pelo correio sem danificá-las

 A empresa Bloom & Wild, que atua no concorrido mercado de subscrição de flores pela internet, começou suas atividades em setembro do no ano passado no Reino Unido, mas já tem chamado a atenção por conta de uma diferenciação que aplicou em relação às demais opções do setor. 

A empresa criou uma embalagem exclusivamente pensada para ser enviada pelo correio, prometendo garantir que o produto chegue intacto e fresco ao destinatário. Segundo o site Springwise, especializado em caçar tendências empreendedoras ao redor do mundo, a Bloom & Wild informa que seus produtos têm preços competitivos, que se equivalem aos concorrentes ingleses. Mas diferente dos demais, entrega algumas inovações. A principal delas é que as encomendas feitas à empresa contam com flores colocadas em embalagens de papelão junto com cápsulas de água. A missão das cápsulas é de manter as flores hidratadas até chegarem na casa do cliente.
Outro diferencial que essa loja online destaca é que as flores são frescas. Elas são cortadas e preparadas para o envio após a solicitação da compra. Com isso, a empresa garante um produto com maior duração.
Por se tratar de um negócio com comercialização 100% virtual, os fundadores da empresa definiram uma estratégia de distribuição para cobrir toda Inglaterra. As entregas, realizadas pelo correio local, não são cobradas dos clientes.
A empresa afirma em seu site que pretende mudar a forma como os consumidores compram flores e quer tornar-se referência do segmento naquela região.

by e-commercebrasil


Enfrente os obstáculos do caminho para viver mais feliz

Os obstáculos são uma oportunidade de crescimento e podem trazer ganhos inestimáveis. Mas é preciso enfrentar um por um para ter uma vida mais feliz

É engraçado: as histórias de grandes conquistas, superações e feitos heroicos às vezes nos oprimem, em vez de nos estimular. Isso porque, lá no fundo, desconfiamos que somos incapazes de realizar coisas difíceis. Por achar que somos muito mais limitados do que realmente somos, e também por certo comodismo, abdicamos de usar recursos ainda não experimentados para enfrentar cara a cara as dificuldades e os obstáculos.


neurolinguística, que estuda as associações entre a linguagem e o funcionamento cerebral, arrisca uma boa explicação para isso. "Experimente dizer: 'Eu não quero pensar num limão, nem nos seus gomos cheios de sumo, nem no seu gosto azedinho na minha boca'. Tudo o que você vai pensar é justamente num limão: sua boca vai encher de água como se estivesse diante dele. O cérebro não reconhece o 'não', as imagens são muito mais fortes do que a negação", diz Anderson Andrade, especialista em Programação Neurolinguística (PNL).



O mesmo acontece com relação às dificuldades diárias e ao popular medo da morte. "O pensamento gera hábitos, que promovem atitudes, que provocam ações, que determinam acontecimentos", assevera o especialista. Pode-se dizer que a nossa realidade é resultado dos pensamentos dominantes da nossa mente, assim como nossas ações e reações dependem da nossa maneira de ver o mundo.



Forma-se, então, uma cadeia interligada de pensamento-ação-acontecimento. É por isso que, quanto mais rezamos, mais assombração aparece: se temos medo dela, ela está presente em nosso pensamento, gerando nossas ações e promovendo acontecimentos relacionados ao nosso temor. Por isso, se temos pavor das adversidades, se não as enfrentamos como algo normal e natural da vida, elas não vão sumir - pelo contrário.



Para Anderson, o melhor a fazer é sempre imaginar que temos uma vida tranquila e feliz. Assim, quando os obstáculos realmente aparecerem, podemos ser capazes de olhar para eles com um espírito sereno e encará-los como eventualidades que fazem parte da vida.



Tempestades



Vamos reconhecer que, de vez em quando, o tempo fecha mesmo. O consultor Paul G. Stoltz, um especialista em, acredite, adversidades, usa como instrumento de análise a sigla Crad - iniciais das palavras controle, responsabilização, alcance e duração.



Trocando em miúdos, ele sugere:

  1.  Diante de uma dificuldade, a gente se faça a seguinte pergunta: Até que ponto tenho controle sobre essa situação? 
  2. Em segundo lugar, aconselha a definir sua responsabilidade com relação a ela - quanto mais se sentir responsável, mais estará empenhado na sua solução. 
  3. Depois, vem a grande pergunta: qual o alcance do que pretendo fazer e como posso administrar, ou solucionar, essa dificuldade? 
  4. Em último lugar, é bom considerar a duração dessa adversidade. Assim, delimitamos o problema por certo período, justamente para que não se estenda demais.


As dificuldades podem funcionar como verdadeiros trampolins. Tanto que vários executivos e funcionários de empresas as convocam para dar o famoso “salto de qualidade”, expressão que já é corrente. Paul gosta de citar um exemplo bem simples: o de uma secretária que sofria com os longos relatórios que tinha de digitar em pouco tempo, pois catava milho nas teclinhas, embora em grande velocidade. Para transpor isso, a secretária decidiu enfrentar outro obstáculo: fazer um curso de digitação em sua exígua hora de almoço. No começo, tudo parecia um sacrifício. Mas, saber que esse desafio seria apenas por pouco tempo, facilitou bastante seu empenho. Ao enfrentar voluntariamente uma dificuldade, e semear por conta própria essa tempestade passageira, a secretária conseguiu solucionar um enorme aborrecimento.



Eu sou o máximo



Nessa história, porém, tem uma casca de banana no meio do caminho. Sabe o Hércules, aquele fortão da mitologia grega que realizou 12 trabalhos dificílimos encomendados pelas divindades do Olimpo? Pois é, ele morreu, como você e eu vamos morrer algum dia.



O heroísmo dele não garantiu sua imortalidade em vida. Considerado o herói dos heróis, Hércules só ganhou a imortalidade depois de morto. Isso tem um significado profundo: a jornada do herói, aquele atendimento ao chamado que nos joga na vida com todos os seus desafios, é bonita e certamente faz parte da nossa existência. Mas não se deve fazer isso esperando reconhecimento, prêmios e aplausos.



Há também o risco de se comprazer no sofrimento. "Um homem é capaz de abandonar tudo na vida. Menos seu sofrimento", já dizia o mestre armênio Georges Gurdjieff, que conhecia a alma humana como poucos. Parece bizarro ouvir que muitos de nós não largariam o sofrimento por nada nesse mundo. Mas há uma razão especial para isso - e não tem nada a ver com masoquismo. O ego gosta de se apoderar das experiências para se enaltecer.



Somos capazes de fazer sacrifícios tremendos para nos sentir mais importantes e provocar a admiração de nossos semelhantes. O enfrentamento das adversidades, muitas vezes, serve apenas para alimentar nossa vaidade e nossa "imagem". Você talvez nunca tenha pensado que poderia escorregar nessa casca de banana, não é? Então, tomados esses cuidados, podemos enfrentar as adversidades de uma maneira mais tranquila, por um ideal ou por acreditar que elas simplesmente fazem parte da vida. 


Perder o medo e relaxar é um ótimo começo.


Livro para saber mais
As Vantagens da Adversidade - Paul G. Stoltz e Erik Weiheimmayer, Martins Fontes

by Vida Simples



quinta-feira, 6 de março de 2014

Executivos adotam a MARMITA saudável

Há cerca de um ano e meio, o administrador de empresas Sérgio Cavalheiro recebeu más notícias nos resultados dos seus exames de saúde e decidiu visitar um nutricionista. A recomendação foi simples: tornar a alimentação mais saudável, comer de duas em duas horas e evitar o excesso de sal e gordura. O executivo, de 39 anos, adotou então um novo hábito e se tornou, nas suas palavras, "marmiteiro".
Diariamente, Cavalheiro leva o almoço e todos os lanches do dia para o ambiente de trabalho, o grupo de restaurantes e centro de eventos Maní Manioca, onde é gerente financeiro. O executivo, que já passou por empresas como a Unilever e a seguradora Chubb, usa a tática para fugir da comida de restaurantes, onde não é possível controlar a quantidade de sal. Assim, garante que se alimentará nos horários corretos e encaixa o hábito saudável na rotina corrida, que muitas vezes não lhe permite fazer uma hora inteira de almoço.
Cavalheiro mora na mesma rua onde trabalha, mas ainda assim prefere comer no espaço de café ou até mesmo na própria mesa, quando a coisa aperta. Se no início ele era o único no espaço, hoje tem a companhia de outros funcionários que também adotaram o hábito e de uma das sócias que "belisca" sua comida.
O resultado, para ele, já é perceptível. "Do ano passado para cá, já melhorei muito, tanto esteticamente como de saúde", explica Cavalheiro, que segue à risca as recomendações do nutricionista que visita de três em três meses também por receio da genética - ele perdeu o pai, em razão de um infarto, aos 59 anos. "A ideia é continuar assim e viver bastante."
A falta de tempo no dia a dia e a vontade de fugir dos habituais "fast foods" gordurosos são algumas das razões para cada vez mais profissionais, como Cavalheiro, adotarem o hábito de levar a própria comida para o trabalho. O crescimento de empresas de refeições prontas e de produtos como marmitas sofisticadas indicam que a prática deve ganhar ainda mais espaço nas empresas brasileiras.
Essa percepção foi a principal motivação para que o ex-executivo do Cinemark Carlos Otávio da Costa e o consultor de mercado de luxo Carlos Ferreirinha abrissem a Bento Store, no fim do ano passado. A loja vende potes, marmitas, garrafas térmicas e outros produtos de transporte de alimentos - todos importados e com preços que chegam a passar dos R$ 400. Segundo Ferreirinha, a intenção é atender a um público que tem a preocupação de se alimentar de forma saudável, mas sente a necessidade de ser mais produtivo no trabalho.
"O comportamento de levar algo para comer no trabalho sempre existiu, às vezes até de forma meio escondida ou incomodada. Por isso, buscamos produtos com uma visão mais contemporânea", explica o empresário. Para o consultor de mercado de luxo, o estoque de produtos previsto para durar quatro meses acabou em cerca de 40 dias, sendo adotados, no geral, por pessoas que já possuem uma rotina de controle alimentar, estudantes e executivos, que acabam usando o horário do almoço para adiantar o trabalho.
Hoje Ferreirinha conversa também com empresas que têm interesse em incluir os produtos no pacote de benefícios de executivos. Atualmente, a Bento Store conta com uma loja física em São Paulo e um e-commerce. Em 2014 os empresários pretendem abrir mais uma unidade na capital paulista, uma no Rio de Janeiro e outra no Nordeste.
O diretor de operações da incorporadora JHSF, Martin Gutierrez, é um dos que adotou as "marmitas gourmet" para dar uma roupagem mais moderna ao hábito de se alimentar regularmente ao longo do dia. As frutas e sanduíches que ele leva nas "lunch boxes" e sacos impermeáveis da loja ajudam a matar a fome entre reuniões ou antes de ir à academia. "Quando você trabalha muito e vive na correria, acaba se alimentando mal", diz.
A publicitária Fabiana Maia Pinheiro Franco, da Agência Click, sempre teve o hábito de levar sua própria comida para o trabalho ou pedir refeições prontas nos dias em que falta tempo ou quando usa o horário de almoço para ir à academia nadar. Se antes ela tinha uma sensação meio negativa por não encontrar muitas alternativas saudáveis, hoje ela vê mais opções que não deixam a consciência pesada.
Uma delas é o "detox", de empresas que entregam sucos ou refeições leves para o dia inteiro a fim de desintoxicar o organismo. Desde o ano passado, Fabiana faz uso da prática em média uma vez por mês - e, após tentar manter o hábito em casa, no fim de semana, e no trabalho, ela viu que é mais fácil segurar a fome no ambiente profissional. "Pra conseguir de fato, é melhor fazer no escritório", diz. Isso acabou despertando o interesse de outras colegas, que hoje fazem o mesmo.
A prática é comum, diz Andrea Godoy Jakober, sócia da Detox Market, empresa que vende kits de desintoxicação desde o início do ano passado. Como a recomendação é que a dieta seja feita das 7h às 22h30, boa parte dos sucos e alimentos são consumidos durante o expediente. "Existem grupos de pessoas da mesma empresa que combinam e fazem juntas um 'dia da dieta'", diz Andrea. "As pessoas geralmente não têm cultura alimentar muito boa e não entendem muito de nutrição. Além disso, a falta de tempo é o maior problema de todos."
Era justamente esse o motivo que fazia Emily Gruppo levar o detox para a importadora onde trabalhava - e que chamou a atenção de outras colegas que passaram a acompanhá-la na dieta. Hoje, Emily trabalha em casa para uma agência de publicidade de Nova York, mas continua com o hábito de se desintoxicar pelo menos duas vezes por mês, "dependendo de como foi o fim de semana". Atualmente, faz o detox mesmo nos dias em que precisa visitar uma multinacional de cosméticos - cliente da agência onde trabalha - levando os produtos em um isopor. Da primeira vez, houve estranhamento, mas hoje a prática é vista de forma natural.
Em atividade há pelo menos cinco anos, a Pronto Light, empresa de refeições prontas congeladas que entrega na Grande São Paulo, sentiu uma ampliação no perfil dos clientes nos últimos anos. Quando a empresa começou a operação, a maioria dos consumidores encomendava as marmitas apenas para o jantar.
Hoje, o sócio da empresa Eduardo Dimand estima que 50% dos pedidos sejam de kits completos, com todas as refeições do dia, que foram adicionados ao cardápio da empresa há cerca de três anos após sugestão dos próprios clientes. Ou seja, boa parte dessas refeições são feitas no ambiente de trabalho. "As pessoas adotam como parte da rotina."
A previsão de Dimand é que o faturamento da empresa, que chegou a R$ 3,5 milhões no ano passado, dobre em 2014. O sucesso é atribuído, além do aumento perceptível do mercado de alimentação saudável e do bom relacionamento com nutricionistas parceiros que indicam o produto, à adoção das refeições por celebridades como Ana Hickmann e Claudia Raia. "Acabamos atingindo um público AAA que não imaginávamos alcançar."
Como todo hábito realizado em público e no ambiente corporativo, levar comida para o escritório exige atenção por parte dos "marmiteiros", segundo especialistas em etiqueta nas empresas. É importante ter em mente que o ambiente de trabalho é coletivo e ficar atento para aspectos que possam incomodar os colegas, como cheiro muito forte, barulho ou a bagunça que pode ficar após a refeição. "Não é adequado ou bem-visto nas organizações fazer a refeição na mesa. O ideal é que a pessoa coma em um lugar reservado, como a copa ou uma sala de reuniões", diz Stefania Giannoni, especialista em desenvolvimento de pessoas.
O mesmo vale para o lanche da tarde, diz ela, "na medida do possível". Para Stefania, a preocupação com a imagem deve existir na hora do almoço da mesma forma que um funcionários se preocupa com a roupa. "O seu comportamento vai revelar quem você é", diz.
Além disso, a consultora de etiqueta empresarial Maria Aparecida Araújo vê a questão como uma responsabilidade dos gestores das empresas. Apesar de a legislação exigir que a maioria das companhias, dependendo da quantidade de funcionários, ofereça refeitório ou local para alimentação, não são todas que dão essa opção. "É importante olhar objetivamente para o assunto e proporcionar um local adequado", diz. Quando isso não acontece, a recomendação da consultora é buscar um canto mais reservado e manter a organização. "O profissional tem de incomodar o mínimo possível para não atrapalhar os colegas", diz.




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