quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Quer ser um bom chefe?

Especialistas apontam as habilidades essenciais para assumir um cargo de comando

O seu esforço individual é o que vai levá-lo a garantir a tão sonhada promoção. Mas no instante em que você ganhar uma equipe, um departamento ou mesmo uma empresa inteira para chefiar algumas competências serão essenciais para ter sucesso na cadeira de chefe.

Especialistas e quem já está no cargo de chefe foram consultados para saber o que você precisa desenvolver quando subir alguns degraus na carreira. Adiantar-se e “girar a chave”, como diz Fernando Jucá, sócio da Atingire e um dos autores do recém- lançado livro “Academia de Liderança” (Editora Papiros- 7 mares), pode facilitar o processo de adaptação à nova função para você fazer a diferença com chefe.

Segundo ele, a capacidade de liderar não é algo inato e pode sim ser desenvolvida. Portanto, confira o que você deve aprender se a sua ascensão profissional passa pelo desafio de chefiar uma equipe. Confira quais são:

1- Fazer acontecer por meio da equipe
De acordo com Jucá, essa é a competência mais visível e a mais demandada para ser um bom chefe. “Até o momento em que a pessoa é promovida ele se destacou por ser dedicada, por entregar os resultados, mas só isso não vai mais funcionar”, explica. Em outras palavras, esqueça o trabalho individualista, no estilo faço tudo sozinho.
Junto com plaquinha de chefe na mesa vem também o fato de que o sucesso agora não mais será o resultado proveniente apenas do seu esforço. “O líder tem que definir as metas e acompanhar os resultados da equipe, ou seja, fazer acontecer por meio da equipe”, diz Jucá.
O CFO da Komet do Brasil,que atua no setor de metal mecânico, Stephan Braun, concorda. “Construir um time vencedor é provavelmente a mais essencial das habilidades de um líder de sucesso”, diz Braun. Segundo ele esta competência passa necessariamente pela questão de saber definir papéis para cada membro na equipe, levando em conta pontos fortes e fracos de cada um.

2- Engajar e influenciar pessoas
“Até então na carreira o profissional estava circunscrito à área ou departamento dele na empresa, agora ele precisará influenciar e engajar pessoas de outras áreas, parceiros, outros colaboradores, coisas que antes ele não praticava”, diz Jucá.
Silvia Freitas, diretora de relações corporativas do Berlitz Educação Global do Brasil destaca a importância da atenção à heterogeneidade das equipes que em geral possuem pessoas com formações, origens, etnias e culturas diferentes.
“Observar costumes de diferentes culturas e agir de acordo com eles aproximará esse líder não só de seus eventuais colaboradores que sejam de outras culturas, mas também de parceiros e clientes”, diz Silvia.
É o que o CFO da Komet do Brasil chama de ajustar-se ao contexto. “O correto estilo de liderança é situacional, depende sempre do contexto cultural e profissional”, diz Braun. Ele é um dos executivos estrangeiros de multinacionais que atuam no Brasil que já participaram do programa de treinamento de liderança global, promovido pelo Berlitz.
“Em ambiente mais criativo, com uma equipe altamente qualificada e experiente um estilo menos controlador é mais apropriado do que quando os funcionários têm menos experiência”, diz Braun.

3- Ajudar a moldar o futuro da organização
“Pensar o futuro é muito mais do que discutir o orçamento do próximo ano”, diz Jucá. A sua preocupação deve ser no sentido de imaginar o que a empresa vai fazer ou que clientes vai atender nos próximos 4 ou 5 anos.
Como a sua empresa vai criar valor dentro de alguns anos? “Quanto mais cedo o profissional tem esse pensamento mais ele vai se destacar”, diz Jucá.

4- Desenvolver pessoas
Um bom chefe sabe que precisa dedicar tempo para desenvolver a sua equipe. “Isso pode acontecer via processos de feedback, mentoring, coaching”, diz Jucá. O que você pode fazer para melhorar o desempenho das pessoas que trabalham com você?
Para Stephan Braun, estabelecer uma relação de confiança é primordial. “É importante que os funcionários gostem e confiem em você”, diz. No entanto, como ele explica às vezes isso não possível. “Então vem a parte de trocar membros da equipe quando necessário, algo que necessário mas muitas vezes evitado”, diz.

By Revista Alfa

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