Especialistas apontam as habilidades essenciais para assumir um cargo de comando
O seu esforço individual é o que vai levá-lo a garantir a tão sonhada
promoção. Mas no instante em que você ganhar uma equipe, um
departamento ou mesmo uma empresa inteira para chefiar algumas
competências serão essenciais para ter sucesso na cadeira de chefe.
Especialistas e quem já está no cargo de chefe foram consultados para
saber o que você precisa desenvolver quando subir alguns degraus na
carreira. Adiantar-se e “girar a chave”, como diz Fernando Jucá, sócio
da Atingire e um dos autores do recém- lançado livro “Academia de
Liderança” (Editora Papiros- 7 mares), pode facilitar o processo de
adaptação à nova função para você fazer a diferença com chefe.
Segundo ele, a capacidade de liderar não é algo inato e pode sim ser
desenvolvida. Portanto, confira o que você deve aprender se a sua
ascensão profissional passa pelo desafio de chefiar uma equipe. Confira
quais são:
De acordo com Jucá, essa é a competência mais visível e a mais
demandada para ser um bom chefe. “Até o momento em que a pessoa é
promovida ele se destacou por ser dedicada, por entregar os resultados,
mas só isso não vai mais funcionar”, explica. Em outras palavras,
esqueça o trabalho individualista, no estilo faço tudo sozinho.
Junto com plaquinha de chefe na mesa vem também o fato de que o
sucesso agora não mais será o resultado proveniente apenas do seu
esforço. “O líder tem que definir as metas e acompanhar os resultados da
equipe, ou seja, fazer acontecer por meio da equipe”, diz Jucá.
O CFO da Komet do Brasil,que atua no setor de metal mecânico, Stephan
Braun, concorda. “Construir um time vencedor é provavelmente a mais
essencial das habilidades de um líder de sucesso”, diz Braun. Segundo
ele esta competência passa necessariamente pela questão de saber definir
papéis para cada membro na equipe, levando em conta pontos fortes e
fracos de cada um.
2- Engajar e influenciar pessoas
“Até então na carreira o profissional estava circunscrito à área ou
departamento dele na empresa, agora ele precisará influenciar e engajar
pessoas de outras áreas, parceiros, outros colaboradores, coisas que
antes ele não praticava”, diz Jucá.
Silvia Freitas, diretora de relações corporativas do Berlitz Educação
Global do Brasil destaca a importância da atenção à heterogeneidade das
equipes que em geral possuem pessoas com formações, origens, etnias e
culturas diferentes.
“Observar costumes de diferentes culturas e agir de acordo com eles
aproximará esse líder não só de seus eventuais colaboradores que sejam
de outras culturas, mas também de parceiros e clientes”, diz Silvia.
É o que o CFO da Komet do Brasil chama de ajustar-se ao contexto. “O
correto estilo de liderança é situacional, depende sempre do contexto
cultural e profissional”, diz Braun. Ele é um dos executivos
estrangeiros de multinacionais que atuam no Brasil que já participaram
do programa de treinamento de liderança global, promovido pelo Berlitz.
“Em ambiente mais criativo, com uma equipe altamente qualificada e
experiente um estilo menos controlador é mais apropriado do que quando
os funcionários têm menos experiência”, diz Braun.
3- Ajudar a moldar o futuro da organização
“Pensar o futuro é muito mais do que discutir o orçamento do próximo
ano”, diz Jucá. A sua preocupação deve ser no sentido de imaginar o que a
empresa vai fazer ou que clientes vai atender nos próximos 4 ou 5 anos.
Como a sua empresa vai criar valor dentro de alguns anos? “Quanto
mais cedo o profissional tem esse pensamento mais ele vai se destacar”,
diz Jucá.
4- Desenvolver pessoas
Um bom chefe sabe que precisa dedicar tempo para desenvolver a sua
equipe. “Isso pode acontecer via processos de feedback, mentoring,
coaching”, diz Jucá. O que você pode fazer para melhorar o desempenho
das pessoas que trabalham com você?
Para Stephan Braun, estabelecer uma relação de confiança é
primordial. “É importante que os funcionários gostem e confiem em você”,
diz. No entanto, como ele explica às vezes isso não possível. “Então
vem a parte de trocar membros da equipe quando necessário, algo que
necessário mas muitas vezes evitado”, diz.
By Revista Alfa
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