sábado, 6 de julho de 2013

Intercâmbio de trabalho na Disney exige visual tradicional




      


Aparência importa, e muito. Pelo menos para os estudantes que têm interesse em participar de um intercâmbio de trabalho na Disney, na Flórida (EUA). A atenção é necessária porque o item é quesito eliminatório para o programa. "Quem tem luzes californianas, por exemplo, é orientada a pintar o cabelo. Quem tem alargadores, já deve se programar para retirar o acessório com antecedência para não deixar marcas, e assim por diante. O que não pode é chamar atenção", diz a gerente de intercâmbio de trabalho da STB, Rosana Lippi.

"Eles são bem chatinhos quanto ao visual, mas confesso que a empresa no Brasil é mais complicada com isso do que eles mesmos. Fiquei assustada com histórias do tipo 'vão te botar no sol e ver se o furo de piercing aparece'. Mas não teve nada disso. Lá foi tranquilo. Eu mesma tirei meu piercing durante o trabalho e muita gente tirava antes e colocava na saída", diz a estudante K.F., 22, que prefere não ser identificada. Ela participou do ICP (International College Programa), na temporada 2011-2012, e ficou na Disney por três meses.

A Disney é exigente quanto ao tipo de penteado e corte usados por seus funcionários. Meninas não podem ter o cabelo tingido e meninos não podem usar cabelos compridos. "Estilos extremos não são permitidos", diz o regulamento, que exige ainda o uso de roupas íntimas adequadas e uma boa higiene pessoal. 

Mesmo com a difícil seleção, estudantes que fazem o intercâmbio consideram uma boa experiência profissional. A estudante Mariana Martinez, 21, fez o ICP na temporada 2010-2011. "Conforme fui conhecendo o programa percebi que poderia ser uma ótima oportunidade profissional. A fluência no inglês é um dos benefícios. É uma oportunidade para praticar mais, aprender as gírias e o idioma no dia a dia", diz.

O estudante de turismo Álvaro Reis, 21, já fez dois intercâmbios de trabalho para os Estados Unidos começando pelo ICP, na temporada de novembro de 2009 a fevereiro de 2010. Ele conta que escolheu o programa por enxergar uma oportunidade de crescimento profissional. "Amadureci muito. Essa experiência funciona como uma ponta de independência. E para quem tem entre 18 e 20 anos, é uma ótima oportunidade de crescimento pessoal, porque você aprende a se virar sozinho em todos os sentidos", diz Reis. 

Para Álvaro, a comida e a longa jornada de trabalho, que é de 30 horas por semana, foram os pontos mais difíceis da adaptação. "Sofri muito com a alimentação. É muito diferente do Brasil, muita junk food, e a jornada de trabalho é bem longa. Ficamos muito tempo em pé, o tempo para comer é curto e quando você se acostuma com essa rotina, já é hora de voltar", conta o estudante.



O programa de intercâmbio para a Disney mais popular é o International College Program, ou ICP, pré-requisito para os demais intercâmbios do mesmo tipo e com destino à terra do Mickey. Após o ICP, o intercambista pode retornar para participar dos programas Guest Relation Program, onde trabalha como representante cultural de seu país na Disney; Super Greeter, no qual o profissional treina equipes e guia grupos de turistas brasileiros, e do Hospitality Certificate Program, onde o profissional graduado em turismo, hotelaria ou administração trabalha nos parques e estuda durante um semestre no Rosen College of Hospitality Management.

Para todos os programas é obrigatório ter mais de 18 anos e falar inglês fluentemente. Apenas o ICP recebe estudantes. Para os outros três intercâmbios de trabalho na Disney, o candidato já deve ser graduado e pode optar por apenas trabalhar ou trabalhar e estudar. Os períodos dos programas variam de três meses a até um ano. 

By: http://educacao.uol.com.br/

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