Por que as pEsSoAs AtRaEnTeS têm mais sucesso?
Ninguém duvida de que inteligência, habilidade para trabalhar em grupo, espírito empreendedor e liderança
são competências essenciais para quem deseja crescer na carreira. Pouca
gente, entretanto, leva em conta o peso da aparência em uma trajetória
profissional de sucesso.
Mas o economista Daniel Hamermesh, da Universidade do Texas, acredita
que esse fator esteja sendo subestimado. Ex-presidente da sociedade de
economistas do Trabalho dos Estados Unidos e pesquisador do National
Bureau of Economic Research naquele país, Daniel concluiu que pessoas
com melhor aparência recebem salários até 20% maiores e, ao longo da
carreira, somam, em média, 230.000 dólares mais do que as pessoas menos
atraentes.
Além disso, os bonitões e as bonitonas têm maior probabilidade de ser
promovidos e de permanecer empregados. Essas informações constam do
livro de teoria econômica O Valor da Beleza — Por Que as Pessoas
Atraentes Têm Mais Sucesso, publicado no Brasil pela editora
Elsevier-Campus.
Desde os anos 70, Daniel pesquisa a correlação de salário e sucesso profissional com aparência física. Num desses estudos, produzido pela Universidade de Michigan, entrevistadores classificaram
voluntários em diferentes graus de beleza. Depois de cruzar esses dados
com o salário informado por eles, concluíram que, quanto melhor a
aparência, maior a remuneração.
Em outra pesquisa, publicada no Journal of Applied Social Psychology, fotos de estudantes de MBA
foram avaliadas e comparadas com seu contracheque dez anos após
a formatura. Entre os bonitos, a remuneração cresceu mais rápido desde o
fim do curso.
Mas não são apenas as pessoas abençoadas pela natureza que podem
desfrutar os efeitos da boa aparência sobre o contracheque.
Pesquisadores da Universidade Harvard constataram em uma
pesquisa recente que mulheres que usam maquiagem são avaliadas como mais
confiáveis e competentes.
Além disso, uma enquete do site de empregos americano CareerBuilder com
recrutadores apurou que, ao optar entre dois candidatos igualmente
qualificados, estar bem-vestido foi considerado o terceiro critério
mais importante, atrás apenas de senso de humor e voluntariado e à
frente de conhecimentos gerais e familiaridade com as mídias sociais.
Sinais de que os cuidados conscientes para melhorar a aparência,
acessíveis aos pobres mortais, também podem impactar positivamente a
percepção de colegas e superiores sobre seu valor no mercado de
trabalho.
Esporte para uma imagem mais ativa
Após contratarem um coach, os advogados Luiz Guilherme Barreto e
Rodrigo Souza Leite, de 34 anos, de São Paulo, fizeram mudanças no
visual. "Percebemos que o trato muito formal e a maneira como nos
vestíamos afastavam novos clientes", afirma Luiz Guilherme.
Além de ternos com corte moderno e gravatas mais coloridas, Rodrigo
mudou a alimentação e adotou a bicicleta para voltar para casa. "Perdi
quase 14 quilos", diz o advogado, que considera que agora transmite uma
imagem mais ativa.
As mudanças repercutiram nos resultados do escritório, que conquistou novos clientes, principalmente na área de informática.
Mais autoconfiança na competição do ambiente corporativo
Para a executiva Carolina Magri, de 33 anos, de Campinas, interior de
São Paulo, o investimento na imagem foi um diferencial para crescer
na multinacional em que era analista plena de marketing.
Em 2009, quando começou a buscar um cargo de liderança, intensificou os
cuidados com os cabelos, investiu no guarda-roupa e incluiu corrida e
pilates na rotina. Em pouco tempo, foi promovida a coordenadora.
"Estar bem consigo mesma ajuda a ter autoconfiança no mundo
corporativo, muito competitivo. Meus líderes perceberam a mudança e me
deram feedbacks positivos."
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