Fundadora da rede Blue Tree, aposta na eficiência e em uma palavrinha mágica: alma’
Depois de tornar-se referência como executiva do setor hoteleiro,
Chieko Aoki resolveu empreender. Ela enxergou a oportunidade para criar
uma operadora de hotéis voltada para o segmento de negócios com padrão
cinco estrelas, mas com preços competitivos. A experiência trouxe uma
lição: todo mundo tem ideias ótimas e boa vontade, o difícil é executar.
Para Chieko, muitas vezes, as pessoas gastam muito tempo
planejando e até pagam consultores, a quem encomendam planos detalhados.
“Eu não sei se a gente gasta o mesmo dinheiro na execução, que é a
parte estratégica do negócio. Gastar tempo na execução é importante
porque você colhe o certo. É como plantar uma árvore: se você não
escolhe a terra certa, a semente certa, não vai nascer uma boa planta. E
a gente acha que o planejamento resolveu tudo isso para você e não
resolve”, afirmou a empresária.
Além do desafio de executar ações com eficiência, é tarefa do
dono incorporar esse pensamento na cultura do empreendimento para que
todos o sigam. No início, durante a criação da rede de hotéis, a
empresária conseguiu contratar muitos funcionários com os quais já havia
trabalhado e conheciam seu modo de pensar. Mas também chegaram pessoas
novas.
Ela lembra especialmente de um dia. Chieko estava na recepção
quando um hóspede apareceu para fazer o check out. A atendente da
recepção sorriu e realizou o procedimento. Mas Chieko não ficou
satisfeita porque aquele não era o padrão: ‘não seria mais simpático
acompanhá-lo até a porta?’ Quando chegou um novo hóspede, a funcionária
saiu do balcão e fez o que a empresária pediu.
“Ela parou na primeira porta que encontrou. A falha foi
minha, mas na minha cabeça, no meu modelo mental, ela deveria
acompanhá-lo até a última porta, a porta do carro. Se ela soubesse o
propósito, de mostrar para o hóspede que ele foi acompanhado até o
último momento, talvez iria até a última porta. Aí você vê como a
execução é difícil quando as pessoas não estão alinhadas com o mesmo
pensamento que o seu”, afirmou. Chieko fez esse relato durante encontro
promovido pelo Estadão PME com pequenos empresários. Confira agora os
principais trechos do evento.
Alma
Na rede Blue Tree, a preocupação em ouvir o cliente e a palavra ‘alma’ estão sempre presentes. Chieko lembra que há 14 anos, durante um encontro de diretores de recursos humanos, ela falou sobre a necessidade da empresa entender a alma do consumidor.
Na rede Blue Tree, a preocupação em ouvir o cliente e a palavra ‘alma’ estão sempre presentes. Chieko lembra que há 14 anos, durante um encontro de diretores de recursos humanos, ela falou sobre a necessidade da empresa entender a alma do consumidor.
“Naquela época ninguém falava de alma. Não deram muita
importância. Depois de três anos, eu ouvi um presidente de uma grande
organização falar de alma. Foi um dia marcante. E hoje em dia todo mundo
fala”, pontuou a empresária.
Essa palavra passou a nortear as estratégias da empresa
quando Chieko estava em busca de uma linguagem comum, capaz de alinhar o
pensamento de pessoas que vieram de empresas e culturas diversas. “Para
fazer as coisas pensando nos outros, precisa ter alma. Aí está o nosso
diferencial”, contou.
Cliente
Desde a criação da rede, Chieko adotou uma estratégia de diferenciação pelo serviço, de entregar o melhor custo-benefício. “Acho que é a parte mais difícil, o que chamamos de básico bem feito. Pode ser uma coisa na nossa percepção e outra na visão do cliente. Então, temos que entregar um produto melhor em relação ao que ele enxerga ou espera receber da gente. Se o cliente quer de um determinado jeito, procuramos personalizar. E quando personalizamos, conseguimos chegar ao padrão desejado. Para isso, é fundamental ouvir”, afirmou.
Desde a criação da rede, Chieko adotou uma estratégia de diferenciação pelo serviço, de entregar o melhor custo-benefício. “Acho que é a parte mais difícil, o que chamamos de básico bem feito. Pode ser uma coisa na nossa percepção e outra na visão do cliente. Então, temos que entregar um produto melhor em relação ao que ele enxerga ou espera receber da gente. Se o cliente quer de um determinado jeito, procuramos personalizar. E quando personalizamos, conseguimos chegar ao padrão desejado. Para isso, é fundamental ouvir”, afirmou.
A empresária também atua no segmento de alimentos e bebidas,
com a operação de restaurantes e eventos no Noah Gastronomia, onde
aplica a mesma estratégia. “Nós vendemos confiança, de que vai dar tudo
certo. E para isso o que a gente precisa fazer? Ouvir. Cada cliente de
evento é um cliente. O check list é igual, mas as respostas são
diferentes. E temos que nos moldar e nos colocar no lugar dos
organizadores e dos participantes”, disse.
Família
Na visão da empresária, as famílias envolvidas com empreendimentos também precisam se profissionalizar. “Não existe negócio sem profissionalismo. Quando é da família, deixamos passar algumas coisas, ficamos mais compreensivos. O primeiro ‘deixa’ é o primeiro erro. A família tem que ser o exemplo para todos. Se o familiar não é melhor que todos, então, não pode ficar. Dentro da organização não é família”, observou.
Na visão da empresária, as famílias envolvidas com empreendimentos também precisam se profissionalizar. “Não existe negócio sem profissionalismo. Quando é da família, deixamos passar algumas coisas, ficamos mais compreensivos. O primeiro ‘deixa’ é o primeiro erro. A família tem que ser o exemplo para todos. Se o familiar não é melhor que todos, então, não pode ficar. Dentro da organização não é família”, observou.
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